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Em tempos de Pandemia a nossa saúde mental é muito importante

O mundo enfrenta o maior desfio dos últimos 45 anos (PR. Marcelo Rebelo de Sousa). Os efeitos económicos e sociais do novo coronavírus serão “mais profundos e duradouros que as crises mais longas que já vivemos“. Por isso, é importante que o mundo, e em especial os portugueses estejam unidos e solidários, para que consigamos enfrentar este desafio. Contudo, tenho verificado ultimamente uma situação que me tem deixado um pouco desconcertada. Essa situação prende-se com o facto de andarem a circular nas redes sociais, textos e opiniões várias, onde se criticam as pessoas que estão a começar a ressentir psicologicamente os efeitos do isolamento social. Afirmando que não têm nada que estar a "bater mal" por estar em casa, quando há tanta gente que trocaria, de bom grado, de lugar mas que não podem, porque o mundo não pode parar. E para uns poderem estar descansados em casa outros têm de enfrentar o "bicho" e ir trabalhar. Ora bem, vamos por partes. É bem verdade que há milhares de profissionais que não podem ficar isolados e que têm de sair para trabalhar, deixar as suas famílias e, mesmo com medo, enfrentar esta pandemia de frente. (E é nossa obrigação estarmos imensamente gratos a cada um desses profissionais). No entanto, não podemos desvalorizar os sentimentos de quem, por imposição da pandemia, se viu confinado em casa, sem poder trabalhar ( e a quem temos também a obrigação de estarmos imensamente gratos). São situações que na prática não se podem comparar, mas que em termos psicológicos e sociais poderão ter efeitos semelhantes. "Oh Ana Patrícia, não sejas ignorante que não há comparação... a malta que está em casa queixa-se de quê? Estão protegidos, no bem bom de casa, junto dos filhos... E os profissionais de saúde que são obrigados a sair e a deixar os seus filhos e familiares? E todos os outros profissionais que não podem parar para que não falte nada aos que passam o dia a reclamar por estarem com o traseiro enfiado no sofá..." Meus amigos, repito... temos de ser mais inteligentes que isso... façam uso da vossa inteligência emocional que tanto vos pode ajudar e que tão posta de lado tem estado. Sabem o que significa empatia? Respeito pelas emoções outro? Malta, não podemos julgar de modo algum nenhuma das partes. Nem julgar o Zé da esquina, porque foi obrigado a encerrar o seu negócio, o seu único sustento, a fechar-se em casa, e que está a começar a ficar "farto" e a sentir os efeitos negativos do isolamento. Nem podemos julgar as pessoas que arregaçam as mangas e que enfrentam o vírus, porque o mundo não pode parar. Deixem-me contar-vos um segredo... é muito simples não julgar o outro. Sabem como? Fazendo um simples exercício. Fecha os olhos e sente-te como se fosses o outro. Mas para que isto resulte, tens mesmo de ser o outro. Não podes ser tu, com as roupas do outro vestido. Tens de ter a experiência de vida do outro, os problemas do outro, a vida do outro... tens mesmo de vestir a pele do outro, caso contrário continuarás a ver a realidade com a tua experiência, com as tuas referências, educação, etc. Então malta... é perfeitamente aceitável que uma pessoa reclame por estar fechada e que a sua saúde mental seja afetada por isso. E não, esta pessoa não está a enfrentar o vírus "pelos cornos"... não está na linha da frente... está na sua casa, no seu sofá, mas isso não faz dela pior nem melhor. Faz dela mais um agente defensor do vírus. Sim, porque quem está em casa, assim como quem está na linha da frente, enfrentam o maior desafio das suas vidas. Uns porque foram obrigados a colocar toda a sua vida em standby e passaram a viver na incerteza se no dia de amanhã terão dinheiro para colocar comida na mesa. Outros porque vivem, talvez, a situação mais assustadora da sua vida. Então pessoal. Estamos todos na mesma luta. Com recursos desiguais, com estratégias de adaptação diferentes, com vidas diferentes, com diferentes estruturas psicológicas e emocionais. Não pensamos todos da mesma maneira, não sentimos a dor, o medo, a revolta, a tristeza, etc. da mesma maneira. Não exijas que os outros pensem e sintam da mesma forma que tu. Exige sim, que custe o que custar fiquem em casa, se for esse o seu papel, ou que vão trabalhar e lutar por todos os que não o podem fazer, e que peçam ajuda se sentirem que estão no seu limite. Pedir ajuda psicológica e emocional é muito importante neste momento. Não é depois disto tudo passar. É agora. Se conheces alguém que está a passar por uma situação psicológica complicada, por qualquer que seja a sua situação, em vez de criticares e julgares, ajuda. Encaminha para os profissionais da área da Saúde Mental. A linha SNS 24 tem uma linha para apoio psicológico. E muitos psicólogos estão a voluntariar-se para apoiar quem mais precisa neste momento. Mais amor, mais compreensão, mais respeito, por favor. Beijos e Abraços Ana Patrícia Jorge Carvalho



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